A novela Pantanal chegou ao fim este mês e há quem já esteja com saudade de ver na telinha as cavalgadas ao entardecer, banhos de rio, passeios de barco e os bichos andando livres na natureza. Porém, melhor que apreciar tudo pela televisão, é poder conhecer in loco todos esses atrativos e visitar a região do Mato Grosso do Sul nas próximas férias.
As gravações de Pantanal aconteceram principalmente no município de Aquidauana, cidade localizada a 141 km de Campo Grande, capital do estado. Também há cenas que foram gravadas nas cidades de Corumbá e Miranda.
Para um roteiro de viagem no rastro de Juma e Zé Leôncio, uma boa ideia é se hospedar em Aquidauana, que foi a principal base para as filmagens da novela. Na região, o turismo é baseado nas chamadas pousadas pantaneiras. São hotéis com poucos quartos que funcionam em fazendas, onde o hóspede tem uma imersão total no estilo de vida da região, com atividades como cavalgadas, passeios de barco e observação de animais selvagens, além de entrar em contato com os costumes locais, como a lida com o gado.
Às margens do Rio Negro, o Fazenda Barranco Alto Lodge e o Hotel Barra Mansa estão exatamente dentro do cenário mostrado no folhetim da Globo. Elas estão entre as seis fazendas de Aquidauana que serviram de locação e base de apoio para as gravações no Mato Grosso do Sul. Depois de passarem o último ano reservadas para a produção, os dois estabelecimentos reabriram as portas para os hóspedes em geral.
Atualmente, não é possível visitar a Fazenda Rio Negro, usada no remake e na versão original de Pantanal como cenário da casa do José Leôncio. No entanto, quem se hospedar nas pousadas pantaneiras em Aquidauana verá o cenário da novela por todos os lados, especialmente o Rio Negro.
No Hotel Barra Mansa, por exemplo, um dos locais que são reconhecíveis aos olhos dos hóspedes noveleiros é a ponte de madeira sobre o Rio Negro, que já apareceu em diversas cenas da novela.
Outra ideia para uma imersão de verdade no Pantanal é se hospedar em um barco-hotel em Corumbá, na fronteira com Bolívia e Paraguai. Por ali, o forte é o turismo de pesca e as acomodações flutuantes farão você se sentir como se estivesse à bordo da chalana de Eugênio, personagem de Almir Sater. Só que com muito mais requinte.
A tapera da Juma infelizmente não está aberta ao público para visitação porque fica em propriedade privada, fechada ao turismo. Porém, é possível ter contato com os parentes da mulher onça no Onçafari, um projeto de preservação do animal dentro do hotel Caiman, em Miranda.
Os passeios para observação dos felinos são exclusivos para os hóspedes do lodge, que passou por uma grande renovação em 2020, com ampliação de seis para 18 quartos. As novas habitações ficam no prédio da sede da fazenda, que conta ainda com áreas comuns como piscina, academia e um varandão com vista para a natureza. Para famílias ou grupos maiores que quiserem mais privacidade, o hotel tem duas villas privativas, com piscinas exclusivas.
Aos hóspedes é oferecido um leque variado de atividades, que vão desde caminhadas e passeios de canoa a safári para observação da vida selvagem, sempre com guias especializados. Para aumentar ainda mais a imersão na cultura pantaneira, o hotel recentemente voltou a oferecer cavalgadas.
Se quiser ter a mesma visão dos peões Joventino (Irandhir Santos) e João Leôncio (Renato Góes) quando chegam ao Pantanal e avistam o novo lar do alto, basta colocar no roteiro o Morro do Paxixi, que fica a 25 quilômetros de Aquidauana.
No local são feitas trilhas. A mais difícil tem 9 quilômetros e dura cerca de 4 horas. O percurso é repleto de paisagens naturais, com a possibilidade de banho de cachoeira. Quando feita à tarde, dá para avistar, do mirante do morro, o belo pôr-do-sol pantaneiro.
Não bastasse as belezas da paisagem local, o roteiro pelo eixo Miranda-Aquidauana ainda pode ser combinado com uma visita a Bonito, que está a cerca de 131km de Miranda e que teve sua conectividade aérea reforçada em dezembro, com dois novos voos semanais para São Paulo pela Gol.